quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Pinheiro - 2.

Índios Kaingang chamavam - FÁG. A mais importante árvore dos Kaingangues.
A água do pinhão é importante para fortificar o célebro. Deve se tomar algumas xícaras. Ela combate a anemia. Quando não tem pinhão pode se fazer chá da grimpa. O tratamento é mais longo até 40 dias. A grimpa pode ser seca ou verde.
A resina serve para cicatrização das feridas. Mordidas dos cachorros, feridas de prego ou arame. Hoje se utiliza a rezina em álcool. Uma colher de resina em meio litro de álcool.
O pinheiro sempre esteve presente na vida dos Kaingangues. Podemos dizer que os Kaingangues não viviam onde não havia pinheirais. Onde havia pinheiros tinha alimento, medicamentos, caça e pássaros. Aquelas viagens migratórias que faziam, eram para chegar aos pinheirais. Outras frutas importantes na vida dos índios Kaingangues eram: Jabuticaba, espora de galo, guabiroba.
A rezina do pinheiro, servia para os índios curar feridas. As feridas eram cobertas com aplicação de rezina do pinheiro que era tirada da árvore nova feita por incisão. Sempre tinham pronta enrolada em folhas de caité. A rezina serve também para acalmar dor do estômago. Deixar pinhos na água corrente alguns dias, depois estender no sol para secar bem e na taquara e recebem fumaça e duram muitos meses.
A casca serve contra espinha e também usa-se para pintar cestos.


O pinheiro-do-paraná [Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze 1898] é a espécie arbórea dominante da floresta ombrófila mista, ocorrendo majoritariamente no sul do Brasil mas também em pequenos trechos da Argentina e Paraguai, sendo conhecida por muitos nomes populares, entre elespinheiro-brasileiro e araucária; é também chamada pelo nome de origem indígena, curi. A espécie foi inicialmente descrita como Columbea angustifolia Bertol. 1819.

Sua origem remonta a mais de 200 milhões de anos atrás, quando sua população se disseminava pelo Nordeste brasileiro. Conífera dióica, perenifólia, heliófita, pode atingir alturas de 50m, com um diâmetro de tronco à altura do peito de 2,5m. Sua forma é única na paisagem brasileira, parecendo uma taça ou umbela. Ocupando uma área original de 200 mil km², a partir do século XIX foi intensamente explorada por seu alto valor econômico, dando madeira utilíssima e sementes nutritivas, e hoje seu território está reduzido a uma fração mínima, o que segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) coloca o pinheiro-do-paraná em Perigo Crítico de Extinção.

O pinheiro-do-paraná, apesar de popular, não é conhecido completamente pela ciência. Diversos estudos vêm sendo feitos recentemente para entendermos melhor a ecologia e biologia desta árvore; também são necessários para orientar as urgentes medidas de proteção que ainda precisam ser tomadas para assegurar a sobrevivência desta espécie sensível e altamente especializada em um ambiente que rapidamente vai sendo invadido e destruído pelo homem, mas ainda persistem muitas incertezas e contradições em vários aspectos. Esse conhecimento imperfeito da matéria, que confunde até a conceituação e aplicação das leis ambientais que deviam protegê-la e ainda não conseguem fazê-lo - veja-se o recuo continuado das áreas onde sobrevive - mais as variadas exigências que a planta impõe no cultivo planejado para que possa render bem, desanimam muitosreflorestadores, que preferem espécies mais bem conhecidas, de crescimento mais rápido e que não demandem tantos cuidados. Entretanto, os estudiosos são unânimes em declarar a necessidade de sua salvação, tanto por sua importância econômica e ecológica como paisagística e cultural. Tornou-se, não por acaso, símbolo do estado do Paraná, deu o nome a Curitiba, e aparece nos brasões das cidades de Araucária, Caçador, Campos do Jordão, São Carlos, Apiaí, Taboão da Serra e Itapecerica da Serra.

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