segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Aroeira - 16.

Índios Kaingang chamavam KEMBÉ alguns KOJÓNH-JEM

Os velhos faziam remédio para as crianças que tinham dor de dente. Eles cozinhavam aroeira e deixavam esfriar para as crianças bochecharem.
Os índios consideravam a aroeira como uma grande amiga da gente. Servia para tratamento do reumatismo. O remédio se fazia de seguinte forma: tiravam a casca de manhã quando não pegava ainda sol. Dois dedos de dois palmos em forma vertical. Graças a isto a árvore se recuperava ligeiro, menos que 15 dias e não vai carunchar. Beber em pequenos goles. Caldo que é cozido e depois se faz aplicação em álcool para passar depois.
A casca da aroeira os índios tiravam até nove cores que serviam para pinturas.
Aroeira de folha fina servia como calmante. Neste caso usava-se a casca. Calmante para pessoas que chegaram ao estado depressivo.
No caso de crise nervosa - usava-se folha comprida.
Usavam chá e em alguns casos folha mastigada e engolida com saliva.

***
  • Nome Científico: Schinus terebinthifolius
  • Sinonímia: Schinus mucronulata, Schinus weinmanniifolius, Schinus riedeliana, Schinus selloana, Schinus damaziana, Schinus raddiana
  • Nome Popular: Aroeira-mansa, aroeira-brasileira, aroeira-vermelha, cabuí, cambuí, fruto-de-sabiá, aguaraíba, aroeira-da-praia, aroeira-do-brejo, aroeira-pimenteira, bálsamo, corneíba, aroeira-do-paraná, aroeira do-sertão, pimenta-rosa
  • Família: Anacardiaceae
  • Divisão: Angiospermae
  • Origem: Argentina, Paraguai e Brasil
  • Ciclo de Vida: Perene

A aroeira-mansa é uma árvore de pequeno a médio porte, capaz de alcançar de 5 a 9 metros de altura. Seu caule é um pouco tortuoso e a casca escura e fissurada. As folhas são imparipinadas, com 8 a 12 centímetros de comprimento e 7 a 13 folíolos verdes, elípticos a obovados, com nervuras claras. A aroeira-mansa é dióica, isto é, há árvores fêmeas e árvores machos. As flores são pequenas, branco-esverdeadas, dispostas em inflorescências axilares e terminais do tipo rácemo, e são muito atrativas para abelhas. Os frutos são pequenas drupas, esféricas, rosadas a avermelhadas, que servem como condimento e alimentam as aves silvestres. O florescimento ocorre na primavera e no outono e o pólen abundante pode provocar reações alérgicas e irritações em pessoas sensíveis.

A aroeira-mansa é uma árvore bastante interessante para arborização urbana. Seu porte médio e a frutificação ornamental, aliados à rusticidade da planta, fazem com que ela seja uma excelente escolha para o paisagismo, prestando-se como arvoreta e cerca-viva. Ela também é indicada para reflorestamento de áreas degradas, pois é uma árvore pioneira. A pimenta-rosa, o fruto da aroeira-mansa, é muito popular na França, onde é utilizada na ornamentação e tempero de preparações culinárias. Seu sabor é levemente picante e adocicado. Da aroeira ainda se pode ser extrair madeira, própria para moirões e lenha, e óleos essenciais, utilizados em fitoterapia.

Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, enriquecido com matéria orgânica e irrigado nos primeiros anos de implantação. As podas de formação estimulam uma copa mais densa, arredondada e bonita. Para a formação de cercas-vivas as podas devem ser efetuadas cedo para estimular o surgimento de múltiplos caules. A aroeira-mansa é considerada planta invasiva em muitos países onde é exótica, devido a facilidade de propagação. Multiplica-se facilmente por estacas e sementes.

Medicinal
  • Indicações: Afecções respiratórias, candidíase, micoses, tumores, afecções da pele, febres, artrite, erisipela, hipertensão, dor-de-dente, hemorragias.
  • Propriedades: Antibiótica, antifúngica, cicatrizante, balsâmica, depurativa, hipotensiva.
  • Partes usadas: Óleos essenciais e extratos de folhas e frutos, cascas e folhas secas em chás.

Nenhum comentário:

Postar um comentário