segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Coqueiro Jerivá. - 10.


Índios Kaingang chamavam TÃNH.
Debaixo do coqueiro o índio sempre fazia festa. Porque o semente /frutinha/caía e ficava preservada a amêndoa por alguns anos. O índio chegava preparado. Sempre tinha pedra com cavidade, para bater e abrir frutinha para que frutinha não e não batesse nos dedos machucando-o.
Pedrinha com cavidade e outra que batia.

Índio usava também a cinza como medicamento.
Nos casos de sarampo e doenças provocadas por febre que vinham através da virose era combatida com cinzas.
A cinza do coqueiro era a cinza da folha e do raiz. O cerne do coqueiro, não o interior, mas da superfíce da árvore, também era utilizado na medicina indígena.
Frutinha do coqueiro Jerivá.
Coqueiro pequeno - muda.
Raspa do coqueiro servia para fazer chá e chá muito gostoso. Pegava punhado desta respa, pó e acima jogava brasa e jogava depois acima água. E tomava esta chá com gosto de queimado e muito gostoso. Até hoje alguns índios velhos fazem este tipo de "chá dos kaingang".
Esta chá dava a eles uma tremenda força, uma disposição um enorme apetite. Ele caminhava bastante, vários quilômetros sem cansar. São mistérios da natureza que passam de geração para geração.
Flor de coqueiro foi importante para tomar o banho para os índios.


COQUEIRO-JERIVÁ (Siagrus romanzoffiana)

O coqueiro-jerivá é uma palmeira nativa da Mata Atlântica do Brasil,que está amplamente distribuída no Brasil (desde o sul da Bahia), grande com potencial ornamental. Pode atingir entre 10 a 15 metros de altura e 30 a 50 cm de diâmetro do caule.

Apresenta grande importância na produção de mel de abelhas, na alimentação animal e humana, como planta medicinal e ornamental e em ecossistemas da Floresta Ombrófila Mista ou Floresta de Araucárias.

As palmeiras estão entre as espécies de plantas mais abundantes nos trópicos e mais importantes para os animais frugívoros como fonte alimentar. Isto por que seus frutos constituem uma rica fonte de energia para os animais, e por serem espécies com longos períodos de frutificação, especialmente em épocas de escassez de alimento, como o inverno. São economicamente importantes. Numerosas espécies têm valor econômico local, como recursos alimentares, óleos, ceras, sal, açucares, palmito, álcool, palha, fibras, madeira, bebidas alcoólicas e estimulantes. Algumas espécies são símbolos em várias culturas. Além do valor estético, são usadas também em práticas de bruxaria e medicina popular, tendo assim uma associação ecológica essencial com muitas tribos primitivas.

As populações indígenas, já há milhares de anos, aproveitam seus recursos alimentícios, medicinais e cosméticos.

Entretanto, a sobrevivência do jerivá pode estar sendo drasticamente afetada por ações antrópicas, pela perda de habitats específicos para o seu estabelecimento ou pela extinção local de seus principais dispersores de sementes, causados por perda de habitat e/ou pressão de caça.


Sua inflorescência é amarelada, em forma de cacho. As flores são muito visitadas por abelhas. As folhas têm 16% de proteína bruta, em algumas regiões constituem um ótimo alimento para cavalos, tendo sido outrora utilizada para cavalos de corrida, devido ao seu alto valor energético. Floresce de dezembro a fevereiro.

Seus frutos são bem amarelos quando maduros, com até 5 cm, e uma semente única envolta por polpa fibrosa comestível, de sabor adocicado, muito grudenta e fibrosa, apreciada por papagaios e maritacas. Internamente possui uma pequena castanha bem parecida com a do coco-da-baía. Também são aproveitados na fabricação de sabão. Frutifica de julho a setembro, período de escassez de alimento.

As folhas são perenes, usadas como ração para o gado e em cestaria.

Possui crescimento moderado, com uma altura média de 10 a 15 metros, alguns exemplares até mais e de 30-60 centímetros de espessura.


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