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Índios Kaingang chamavam MRUR-TAR
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Ele combate o stress, ajuda a livrar-se do vício da bebida.
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Deve-se fazer mistura de cipó-mil-homens e dar para a pessoa tomar na bebida.
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Ajuda combater depressão, trazendo alegria e bem estar. Utilizado para tirar os sintomas de algumas doenças, também medicamentos químicos que faziam mal. Tem efeito colateral.
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No ritual, na roda de chimarrão não faltava este cipó para os índios. Começando do mais velho até mais novo.
CIPÓ-MIL-HOMENS
Há vários cipós medicinais chamados cipó-mil-homens.
Recebem também os nomes de cassaú, angelicó, papo-de-peru e outros.
Tratamos aqui do que tem o nome científico Aristolochia triangularis, da
família Aristolochiaceae. O nome científico, Aristolochia, vem do grego
e significa que é um remédio para um bom parto, o que nos lembra que
já era usado por gregos e romanos. O nome popular é explicado assim
por um historiador riograndense: “Esta trepadeira ou cipó é da família
das Aristolochiaceae e veio-lhe tão rara denominação de uma ocorrência
que tivera um curandeiro brasileiro. Expondo a energia que tem esta
planta como contra-veneno da mordedura de jararaca, disse que tinha
curado, por meio dela, mais de mil homens”.
Se reconhece o cipó-mil-homens pelas folhas triangulares,
alongadas, pela flor pequena em forma de jarrinha, e principalmente pelo
cipó, que pode engrossar até vários centímetros e é coberto de uma casca
de cortiça toda fendilhada. O cipó cortado ou descascado desprende um
cheiro forte e característico.
Seus usos populares são assim resumidos nas bibliografias: é um
remédio nas febres em geral. Tônico, estimulante, estomacal, melhora o
apetite, estimula os rins, o baço e o fígado, combate cólicas intestinais,
constipação do ventre, diarréia, apendicite, ajuda a provocar regras, não é
aconselhado durante a gravidez, é abortivo; afugenta cobras e cura suas
picadas, é antídoto; usado nos estados nervosos como histeria,
convulsões epilépticas, dor ciática, dor no coração, nas cadeiras,
nevralgias, reumatismo, depurativo; o pó serve para curar feridas. No
interior toma-se muito como aperitivo cachaça com cipó-mil-homens.
Também no interior encontra-se ainda às vezes a crendice, totalmente
descabida, de que as cobras mamam o leite das vacas. Os que creêm
nesta lenda conhecem também o remédio para afugentar as cobras:
enrolar um pedaço de cipó-mil-homens no pescoço da vaca.
Semelhantemente diz também a nossa tradição que “para conseguirem os
índios a preservação da mordedura ofídica, trazem junto ao corpo um
pedaço deste cipó”.
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